segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Eventos no estrangeiro

As primeiras viagens que fazemos para um evento no estrangeiro são sempre difíceis de planear. Primeiro há sempre a duvida se vale a pena ir ou não, porque dependendo das posses de cada um pode ser um grande investimento. Depois há a qualidade do evento em si que pode variar de ano para ano.Há também a questão das deslocações, nomeadamente do aeroporto (se forem de avião) para o hotel, do hotel para o evento, do evento para a afterparty ou para os workshops.

Se tivesse de aconselhar um evento para alguém ir pela primeira vez, a hipopsession seriam um deles.
Primeiro porque das 3 vezes que fui sempre foram apresentados grupos e bboys de grande nível, com bons júris e claro está boas battles. Apesar de não ser um evento especialmente gratificante para quem vai participar e não é convidado (de 43 crews só passavam 3 para as finais), existe no geral um bom ambiente, com algumas cyphers (não é propriamente um evento de cyphers), com um publico em geral (na maioria "civis"), que reage bem aos bboys e aos speakers, uma excelente organização, grandes djs e um local quase perfeito tanto para dançar como para ver.

Algo também importante para quem não conhece o evento ou a cidade, é o facto de que a partir do aeroporto existe um autocarro que te deixa à porta do evento, e que tanto os hotéis, como a before party, a after party, os workshops, etc quando não são no mesmo sitio, estão à distancia duma caminhada de 5 minutos.

Outro lado bastante positivo e que tenho a certeza que qualquer um aprecia é o facto de poderes conviver com praticamente todos os bboys, sejam eles superstars ou não, seja durante a competição, a before e after party ou mesmo no hotel. É evidente que muito depende da capacidade pessoal de cada um de se relacionar socialmente, mas as condições estão reunidas para que te insiras aos poucos numa comunidade internacional e que fazendo amigos ou "inimigos", contactos, experiência e à vontade, as viagens para eventos no estrangeiro se tornam cada vez mais fáceis.

Isto tudo é obviamente a minha opinião pessoal baseada na minha experiência, e claro, não é uma verdade universal, também pelo facto de existirem diferentes tipos de evento e cada bboy poder estar à procura de sensações que só se encontram em determinados ambientes. Este não é o melhor evento a que já fui, mas para além de estar entre os melhores é como vos digo, de fácil acesso para quem não está habituado.

Se alguém precisar de alguma info mais pessoal sobre algum evento, podem sempre me contactar. Não fui a todos os eventos que existem, mas na Europa já fui a muitos e claro, posso sempre contactar alguém que conheça o evento de forma a vos poder ajudar.

Aqui fica a final do 3vs3 para quem ainda não viu:

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"Fazer festinhas no ego"

Tenho uma amiga que diz que gosta que lhe façam festinhas no ego, mesmo sabendo que algumas são forçadas ou falsas.

No fundo é para isso que serve o facebook. Não me entendam mal, porque também eu uso e abuso do site. Pomos um vídeo e la vem alguém dizer que gosta, uma foto nossa só para que alguém faça um comentário, seja ele qual for...é só para nos sentirmos parte do mundo, para que os outros saibam que estamos aqui. Para nos sentirmos parte de algo maior do que nós. Isso na verdade não me incomoda, mas há duas cenas que me deixam a bater mal.

Uma é quando as pessoas em geral escrevem no status o que estão a fazer (coisas sem interesse nenhum): "a tomar banho", "a ver tv", "vou sair", "vou treinar", "comi rojões", etc.

E sendo eu um bboy há outra coisa que me enerva ainda mais...é quando os bboys põem a agenda dos próximos 3 meses. Eu entendo, festinhas no ego é bom, e dà uma sensação de estrela de break, que viaja muito, vai a muitos eventos, é muito conhecido, mas a ideia de auto promoção sempre me custou a engolir, é algo pessoal e ninguém tem de concordar comigo, mas quando dominas as tuas acções tem mais impacto do que as tuas palavras e não precisas de dizer aos outros o que fazes, fizeste ou vais fazer. Eu quero ser reconhecido pelo valor que tenho (mesmo que não seja enorme) e não pelo valor que digo que tenho.

Não sendo eu extremista, consigo perceber o alcance da publicidade no facebook, mas é uma área que não me interessa e festinhas no ego não me fazem falta no break...o que me falta, a mim e a muita gente são criticas, sejam elas boas ou más.